Longas jornadas de trabalho, centenas de quilômetros rodados todos os dias e o faturamento cada vez mais apertado. Essa é a realidade de milhares de caminhoneiros que vivem nas estradas do Brasil transportando as mais variadas cargas. tipos de medicamentos, como o popular rebite, para trabalhar por mais tempo.
O rebite é uma anfetamina, conhecida popularmente como Nobésio, usado para emagrecimento. Como esse medicamento age no sistema nervoso central, um dos efeitos colaterais é a inibição do sono.
Além disso, seu uso pode trazer uma série de outros problemas e o efeito de redução de sono é paliativo. Além do vício causado pela droga, o rebite pode causar dores de cabeça, emagrecimento acelerado e alterações cardíacas.
O caminhoneiro que usa o rebite também pode sofrer com visão desfocada, confusão mental, sensação de boca seca e problemas intestinais, como gastrite. Mas o pior é que o efeito de redução de sono, principal motivo para o uso da droga, é temporário.
Caminhoneiros que fazem uso do rebite dizem que parece que estão dormindo de olhos abertos, mesmo dirigindo, o que é muito perigoso. Nesse caso, o profissional “apaga”, mas continua dirigindo, quase como por inércia, em uma memória muscular.
Além de todos os fatores prejudiciais já mencionados, o rebite é uma das drogas que o exame toxicológico, exigido para todo motorista profissional, acusa. Se for detectado, o caminhoneiro perde o direito de dirigir por três meses, até que possa refazer o exame e recuperar sua CNH.
Com todos esses problemas, o melhor mesmo é ficar longe dessa anfetamina perigosa e de qualquer outra droga e garantir a vida ao volante da forma mais profissional e saudável possível.