No Brasil, pelo menos desde a década de 1950, as mulheres enfrentam os desafios e obstáculos de uma profissão conhecida por ser quase completamente masculina: motorista de caminhão.
O primeiro registro de uma mulher trabalhando com caminhões em nosso país, no início dos anos 1950, mostra que Neiva Chaves Zelaya, a Tia Neiva, foi a primeira a obter uma carteira de habilitação profissional, que permitia dirigir caminhões e transportar cargas. Na época, ela tinha apenas 24 anos.
Nos 70 anos seguintes, muitas outras milhares de mulheres decidiram enfrentar as estradas, trabalhando dia após dia atrás de um volante. E os desafios enfrentados por elas até hoje não são pequenos.
Geralmente, a primeira dificuldade vem de dentro de casa. Como a profissão é mais voltada aos homens, as famílias não aceitam bem que uma mulher se torne caminhoneira. Isso porque a visão de mulher, para muitos, não passa nem perto de um caminhão.
Outra dificuldade é um nível ainda alto de preconceito de outros profissionais da estrada. Para alguns, elas não são capazes de dirigir por longas horas ou não conseguem realizar as tarefas inerentes à profissão, como amarrar e enlonar as cargas, fazer manutenções nos caminhões e outras.
Outro ponto importante que dificulta a vida das caminhoneiras é a falta de locais adequados para descanso, especialmente com banheiros equipados para elas, que permitam um bom banho, por exemplo.
Mas sabe como elas enfrentam tudo isso? Mostrando um excelente trabalho. Atualmente, são muitas as empresas e entidades ligadas ao transporte que incentivam a contratação de mulheres, oferecendo treinamento e até o custeio para a obtenção da carteira nacional de habilitação profissional.
Os desafios ainda são grandes, mas elas enfrentam cada um deles com muita garra e dedicação, trazendo diariamente mais beleza e amor para as estradas.