O caminhoneiro autônomo tem um faturamento alto, mas os custos com transporte esmagam sua lucratividade, fazendo sobrar pouco dinheiro de cada frete. É por isso que ele precisa ter um controle muito preciso de quanto recebe e quanto gasta para saber para onde o valor do frete está indo.
O principal custo atrelado ao frete é com combustível, já que a maior parte do valor recebido é usada para abastecer o caminhão. O segundo maior gasto do motorista é com os pneus. Apesar de caros, os pneus têm vida útil longa, podendo, inclusive, ser recapados e voltam a rodar como novos. Com o combustível, não tem jeito, o caminhão precisa dele para rodar e não há como reutilizá-lo, apenas economizar no uso, com direção consciente, por exemplo.
Mas, além desses dois gastos principais, outros gastos devem ser considerados para saber quanto sobra de cada frete, como manutenção, alimentação, pedágios, pernoite, estacionamento etc.
Uma excelente forma de controlar os gastos são as soluções de vale-abastecimento e o vale-pedágio, que se destinam exclusivamente para pagamento dessas despesas. Além da possibilidade de controlar melhor os gastos, o caminhoneiro fica isento do pagamento de impostos desses itens na declaração do imposto de renda, já que os valores de pedágio e combustível ficam fora do valor que compõe a renda do caminhoneiro.
O caminhoneiro também pode criar uma planilha e descrever diariamente o que gastou com cada viagem e quanto recebeu. Essa planilha pode ser feita em papel ou em smartphones e computadores. O Excel é uma ótima ferramenta para isso, mas também existem diversos aplicativos de controle financeiro para smartphones que podem ser usados para esse fim.
Porém, para que o controle dos gastos dê resultado, o caminhoneiro precisa ser rigoroso e preencher os dados diariamente, não pode omitir nenhum valor, ganho ou gasto nas viagens. Isso inclui aquele cafezinho em uma parada rápida e até a gorjeta dada para agradecer por um bom atendimento.
O planejamento que pode ser obtido por meio do controle de gastos também oferece ao caminhoneiro a possibilidade de saber se uma carga futura será lucrativa ou não. Assim, acaba o prejuízo nas viagens.
Além de permitir o controle de todos os gastos, o planejamento dá ao caminhoneiro a possibilidade de realizar investimento futuros, como efetuar melhorias no veículo e até a troca por um caminhão novo.
As planilhas de faturamento e custos são usadas por empresas para controlar gastos – entradas e saídas de dinheiro – e, assim, encontrar a melhor maneira de economizar, aumentando a lucratividade.
É necessário que o caminhoneiro tenha esse olhar de empresa, trabalhando em busca da rentabilidade e sustentabilidade do seu negócio, visando o lucro e almejando crescer no setor. Foi assim que muitos pequenos caminhoneiros se tornaram grandes empresários do setor de transportes, criando grandes empresas com grandes frotas. Só assim é possível ter um futuro longe do prejuízo.
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