Categorias
Caminhão Caminhoneiro curiosidades dúvidas de caminhoneiros Gestão de risco

RNTRC e autônomos: entidades facilitam acesso ao registro para caminhoneiros

Não tem jeito, para transportar e lucrar com o frete, o caminhoneiro precisa ter seu veículo perfeitamente documentado e atender a todas as exigências legais necessárias para a prestação do serviço.

O Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) é uma das exigências mais necessárias. O documento é emitido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para empresas de transporte, cooperativas e caminhoneiros autônomos.

Esse documento é obrigatório para o transporte remunerado de cargas no Brasil e serve como regulamentação para o segmento. Porém o processo de obtenção é demorado, burocrático e precisa de certificação digital para ser efetuado. Por isso, muitos transportadores, especialmente os autônomos, acabam tendo dificuldades para se adequar.

Visando a atender às necessidades desses profissionais, entidades como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) oferecem serviços de assessoria, garantindo a emissão do registro de forma rápida e facilitada.

No caso específico da CNTA, são várias federações e 120 sindicatos disponíveis por todo o Brasil que oferecem o cadastro, a revalidação e a inclusão de placas no RNTRC, além de orientações sobre todo o processo.

Por isso, amigo caminhoneiro, na hora de fazer o seu RNTRC, procure o seu sindicato. É a maneira mais rápida e segura de obter o documento e poder transportar cargas de todos os tipos pelo Brasil inteiro.

Categorias
Caminhão Caminhoneiro curiosidades dúvidas de caminhoneiros Exame toxicológico Gestão de risco

Rebite: um grande vilão nas estradas

Longas jornadas de trabalho, centenas de quilômetros rodados todos os dias e o faturamento cada vez mais apertado. Essa é a realidade de milhares de caminhoneiros que vivem nas estradas do Brasil transportando as mais variadas cargas. tipos de medicamentos, como o popular rebite, para trabalhar por mais tempo.

caminhão na estrada

O rebite é uma anfetamina, conhecida popularmente como Nobésio, usado para emagrecimento. Como esse medicamento age no sistema nervoso central, um dos efeitos colaterais é a inibição do sono.

Além disso, seu uso pode trazer uma série de outros problemas e o efeito de redução de sono é paliativo. Além do vício causado pela droga, o rebite pode causar dores de cabeça, emagrecimento acelerado e alterações cardíacas.

O caminhoneiro que usa o rebite também pode sofrer com visão desfocada, confusão mental, sensação de boca seca e problemas intestinais, como gastrite. Mas o pior é que o efeito de redução de sono, principal motivo para o uso da droga, é temporário.

Caminhoneiros que fazem uso do rebite dizem que parece que estão dormindo de olhos abertos, mesmo dirigindo, o que é muito perigoso. Nesse caso, o profissional “apaga”, mas continua dirigindo, quase como por inércia, em uma memória muscular.

Além de todos os fatores prejudiciais já mencionados, o rebite é uma das drogas que o exame toxicológico, exigido para todo motorista profissional, acusa. Se for detectado, o caminhoneiro perde o direito de dirigir por três meses, até que possa refazer o exame e recuperar sua CNH.

Com todos esses problemas, o melhor mesmo é ficar longe dessa anfetamina perigosa e de qualquer outra droga e garantir a vida ao volante da forma mais profissional e saudável possível.

Categorias
Caminhoneiro Gestão de risco

Acidentes custam bilhões ao país todos os anos

Todos os dias, ruas e rodovias de todo o Brasil são palco de inúmeros acidentes de trânsito, resultando em feridos, mortos e bilhões de reais em prejuízos a todos os brasileiros. Somente em 2021, foram registrados 632.764 acidentes de trânsito no país, o que dá mais de 70 acidentes por hora todos os dias do ano.

O que impressiona também é que, a cada 100 acidentes, pelo menos cinco envolvem caminhões. Apesar de o número ser muito inferior ao total de acidentes com automóveis, quando há um caminhão, os danos são muito maiores por causa da massa total desse tipo de veículo.

Em um acidente que envolve um caminhão, mesmo que sem vítimas, os custos associados ao sinistro custam em média R$ 22,3 mil por veículo. Quando há feridos, esses custos sobem para R$ 65,6 mil e podem chegar a mais de R$ 50 mil se houver vítima fatal. Se não houver custo com internação hospitalar, o valor é mais baixo, porém, quando se perde uma vida, ele é muito mais alto.

Além dos custos diretamente relacionados com o sinistro, existem outros que não são tão divulgados, como tempo parado para recuperação do veículo devido aos danos, perda e realocação de carga para outros caminhões e perda de rentabilidade até a recuperação total do veículo e do motorista.

Alguns tipos de acidentes são ainda mais caros devido ao envolvimento de mais veículos, aos tipos de cargas transportadas – como produtos químicos, que causam danos ambientais graves –, além de danos às rodovias, com estruturas destruídas, como sinalização e pontes.

Ou seja, para evitar esse tipo de problema, além de um bom seguro para o veículo e para a carga transportada, o motorista precisa dirigir da forma mais cuidadosa possível, levando a sério os conceitos de direção defensiva – como conduzir com cautela –, cuidando das atitudes de outros motoristas, além de seguir as leis de trânsito, considerando sempre que o quilômetro mais perigoso da viagem é que está por vir.

Rafael Brusque, do Blog do Caminhoneiro, especialmente para o Pamclube.

Categorias
Caminhoneiro Gestão de risco Pamcary

Diferença de custo entre acidente e roubo

No último domingo, dia 13/02, a Pamcary participou do Pé na Estrada, programa do canal televisivo SBT, em uma matéria exclusiva. O repórter Jaime Alves esteve na Torre de Operações Pamcary e entrevistou Ricardo Monteiro, executivo responsável pela área de Gestão de Riscos da empresa. Confira a seguir os detalhes dessa conversa.

Riscos da rotina na estrada

Os caminhoneiros estão sujeitos a vários riscos diariamente ao rodarem nas estradas brasileiras. Entre os perigos, os que mais trazem danos materiais e humanos são os roubos e os acidentes, incluindo perdas irreparáveis.

Afinal, o que traz mais prejuízo: roubo ou acidente?

A resposta é: acidente. Seus custos são muito mais caros quando comparados ao montante gasto para reparar as perdas por roubos.

Algumas das principais consequências resultantes dos acidentes são:

– Custos altos.

– Danos a terceiros.

– Danos ao meio ambiente.

– Danos ao patrimônio.

– Danos à imagem.

– Despesas processuais e hospitalares.

– Perdas de vidas.

Quanto é gasto em cada caso?

De acordo com a Pamcary, especializada em seguros e gestão de riscos logísticos, os acidentes representam 57% de todos os prejuízos envolvendo o transporte de cargas.

Em 2020, as perdas com roubos somaram R$ 1,2 bilhão. Já os gastos resultantes de acidentes chegaram a R$ 18 bilhões.

Segundo Ricardo Monteiro, o potencial de risco de um acidente é 18 vezes maior que o de um roubo. Esses dados são provenientes da análise de cerca de 6 mil atendimentos a sinistros por ano, realizados pela Torre de Operações Pamcary.

Principais causas

A Torre de Operações também analisa todos os atendimentos e revela as principais causas dos acidentes. A cada atendimento feito, são levantadas mais de 90 informações sobre cada evento, gerando diagnósticos precisos.

Dessa forma, chegamos à conclusão de que as principais causas são:

– Excesso de velocidade.

– Excesso de direção contínua durante o percurso do motorista (sem pausas).

Contradição e ineficiência da cadeia logística

A falta de descanso, a pressão por produtividade e a correria para cumprir horários formam uma combinação perigosa ao volante.

E esse fator é acentuado por uma prática contraditória: os motoristas são pressionados a acelerar para transportar a carga, mas, ao chegarem ao destino, ficam horas ou até dias esperando para descarregar no pátio.

Toda essa perda de tempo e atrasos na viagem acabam gerando mais prejuízos para o caminhoneiro, a ponta mais vulnerável dessa cadeia. Confira a matéria completa no programa: https://www.youtube.com/watch?v=TWhH137IBRg