Todos os dias, milhões de litros de combustíveis, insumos e outros produtos líquidos são transportados a granel em milhares de caminhões-tanque que rodam por todo o Brasil. Esse tipo de carga precisa de um cuidado extra durante a viagem por se mover praticamente livre dentro da carroceria.
Para evitar acidentes, os motoristas de caminhões-tanque precisam seguir uma regra de ouro, de forma a evitar acidentes. Ela se chama 80/20, e não se trata de uma conta de divisão, mas da quantidade de líquido a ser transportada de forma segura.
Não é uma lei, já que não é prevista em nenhuma legislação nacional, mas é preciso atendê-la pelo ponto de vista técnico do transporte.
Quando um caminhão-tanque viaja com o tanque parcialmente cheio, o movimento da carga é intensificado, especialmente no que diz respeito ao deslocamento lateral do líquido, em um efeito chamado popularmente de “slosh”.
Quando a carga transfere seu peso de um lado para o outro dentro da carroceria, o risco de acidentes se eleva consideravelmente.
A regra 80/20 diz que o caminhão, quando parcialmente cheio, deve ter mais de 80% do tanque cheio ou menos de 20%. Acima de 80%, a massa do líquido é grande, mas o espaço para movimentação é pequeno.
Quando está abaixo de 20%, o espaço para movimentação é grande, mas a massa do líquido é pequena para afetar a estabilidade.
Com um tanque com 40% da carga, por exemplo, o espaço para movimentação é grande e a massa também, o que amplia a transferência de peso de um lado para o outro dentro da carroceria.
Ou seja, para se manter seguro no transporte rodoviário de cargas, o caminhoneiro precisa saber muito mais do que apenas dirigir um caminhão. Tem que conhecer diversos detalhes das estradas, do caminhão e, principalmente, da carga que está transportando.
Não tem jeito, para transportar e lucrar com o frete, o caminhoneiro precisa ter seu veículo perfeitamente documentado e atender a todas as exigências legais necessárias para a prestação do serviço.
O Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) é uma das exigências mais necessárias. O documento é emitido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para empresas de transporte, cooperativas e caminhoneiros autônomos.
Esse documento é obrigatório para o transporte remunerado de cargas no Brasil e serve como regulamentação para o segmento. Porém o processo de obtenção é demorado, burocrático e precisa de certificação digital para ser efetuado. Por isso, muitos transportadores, especialmente os autônomos, acabam tendo dificuldades para se adequar.
Visando a atender às necessidades desses profissionais, entidades como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) oferecem serviços de assessoria, garantindo a emissão do registro de forma rápida e facilitada.
No caso específico da CNTA, são várias federações e 120 sindicatos disponíveis por todo o Brasil que oferecem o cadastro, a revalidação e a inclusão de placas no RNTRC, além de orientações sobre todo o processo.
Por isso, amigo caminhoneiro, na hora de fazer o seu RNTRC, procure o seu sindicato. É a maneira mais rápida e segura de obter o documento e poder transportar cargas de todos os tipos pelo Brasil inteiro.
Confira abaixo quais são os itens que não podem faltar para uma viagem com tranquilidade
Jornadas longas de trabalho, milhares de quilômetros rodados todos os meses e os cenários mais diversos fazem parte do dia a dia de quase todos os caminhoneiros. Longe de casa, eles precisam estar preparados para enfrentar toda adversidade que possa ocorrer nas estradas. Nesses momentos, ter as ferramentas certas é essencial.
Além das ferramentas obrigatórias, como macaco e chave de rodas, usados para trocar pneus, são necessárias ferramentas para reparos rápidos e regulagem de componentes como os freios.
É o caso das chaves de fenda e chaves Philips, usadas para aperto de parafusos comuns, como em carrocerias, abraçadeiras e itens de acabamento. Além disso, podem ser úteis na troca de lâmpadas e substituição de pequenas peças.
Chaves de boca e chaves de soquetes, também conhecidas como pitos, são úteis em peças mais pesadas, regulagem de freios e serviços mais profundos no motor, por exemplo.
Um item muito usado é o alicate, seja universal, de bico ou de corte, podem ser muito úteis em diversos componentes, como na parte elétrica, para corte de fios etc., que, inclusive, também podem exigir o uso de fita isolante – sempre de boa qualidade. Outra dica fica por conta de abraçadeiras de nylon, conhecidas como Fitas Hellerman, que podem ser usadas para reparos rápidos, além do arame.
É importante também ter à mão alguns parafusos sobressalentes e outras ferramentas, como martelo, que podem quebrar um galho nas estradas. Para manter tudo organizado, é bom ter uma caixa de ferramentas de boa qualidade e que tenha divisórias para garantir que as ferramentas estejam no lugar certo quando forem necessárias.
Longas jornadas de trabalho, centenas de quilômetros rodados todos os dias e o faturamento cada vez mais apertado. Essa é a realidade de milhares de caminhoneiros que vivem nas estradas do Brasil transportando as mais variadas cargas. tipos de medicamentos, como o popular rebite, para trabalhar por mais tempo.
O rebite é uma anfetamina, conhecida popularmente como Nobésio, usado para emagrecimento. Como esse medicamento age no sistema nervoso central, um dos efeitos colaterais é a inibição do sono.
Além disso, seu uso pode trazer uma série de outros problemas e o efeito de redução de sono é paliativo. Além do vício causado pela droga, o rebite pode causar dores de cabeça, emagrecimento acelerado e alterações cardíacas.
O caminhoneiro que usa o rebite também pode sofrer com visão desfocada, confusão mental, sensação de boca seca e problemas intestinais, como gastrite. Mas o pior é que o efeito de redução de sono, principal motivo para o uso da droga, é temporário.
Caminhoneiros que fazem uso do rebite dizem que parece que estão dormindo de olhos abertos, mesmo dirigindo, o que é muito perigoso. Nesse caso, o profissional “apaga”, mas continua dirigindo, quase como por inércia, em uma memória muscular.
Além de todos os fatores prejudiciais já mencionados, o rebite é uma das drogas que o exame toxicológico, exigido para todo motorista profissional, acusa. Se for detectado, o caminhoneiro perde o direito de dirigir por três meses, até que possa refazer o exame e recuperar sua CNH.
Com todos esses problemas, o melhor mesmo é ficar longe dessa anfetamina perigosa e de qualquer outra droga e garantir a vida ao volante da forma mais profissional e saudável possível.
Você que é caminhoneiro bem sabe que o preço de um caminhão é alto, quase sempre superando os 100 mil reais. Ou seja, não é nada simples encontrar uma opção boa e barata. Contudo, uma saída pode ser o leilão, que oferece bons caminhões a preços interessantes. E existem muitos deles espalhados por todo o Brasil, inclusive alguns são quase 100% online.
Praticamente todos os caminhoneiros que viajam pelas estradas do Brasil sonham em ter seu próprio caminhão para começar um negócio que, com muito esforço e dedicação, pode se tornar uma empresa de sucesso com o tempo.
Mas, antes de qualquer jornada, é necessário dar o primeiro passo e a compra de um caminhão é quase sempre o mais importante. Por isso, o leilão de caminhão pode ser o pontapé inicial para este sonho se tornar realidade.
Esses leilões oferecem caminhões a preços muito abaixo da tabela, geralmente de empresas de grande porte que estão fazendo renovação da frota ou de empresas que enfrentam problemas com a Justiça e seus bens são levados a leilão para quitação de dívidas.
Existem ainda os caminhões recuperados de financiamentos não pagos. Estes estão quase sempre estão em bom estado de conservação e funcionamento. Os lances iniciais são os mais altos e tem um preço de reserva que, se não for atingido, o bem não é vendido e vai a leilão novamente em outra data.
Os caminhões de renovação de frota são mais comuns de serem leiloados e têm preços bem mais baixos. Contudo, é preciso atenção e, se possível, a visitação antes de dar os lances. Isso porque alguns desses caminhões têm “idade avançada” ou foram usados de forma muito severa ao longo dos anos, podendo apresentar problemas mecânicos, falta de peças ou defeitos. Mas, como são comprados por ótimos preços nos leilões, o custo com reforma e troca de peças pode compensar bastante.
É importante também saber se a empresa que está organizando o leilão é séria, existe realmente e se os caminhões que estão sendo leiloados também existem. Infelizmente, com os leilões de caminhão ficando mais conhecidos, surgiram muitos golpes e vários sites enganosos na internet. Não deixe de fazer essa checagem antes de pagar qualquer quantia.
Após os lances, os trâmites de documentos e os serviços de manutenção, você terá seu caminhão para iniciar uma empresa e poderá realizar aquele sonho só seu.
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De acordo com os números apresentados na última quinta-feira (6), no ano passado foram 127,3 mil unidades de caminhões vendidas no pais, uma alta de 42,8% sobre o acumulado de 2020, quando somou 89,1 mil emplacamentos. Nesse sentido, o desempenho resultou no maior volume de vendas desde 2015.
Em relação a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, a Anfavea, 2021 apresentou uma ligeira melhora se comparado a 2020, mesmo com a crise global de semicondutores. Em contrapartida, os números ainda ficaram aquém do potencial de demanda interna e externa por autoveículos.
Veja a seguir a lista dos 3 modelos de caminhões mais vendidos de 2021 por sub-segmento:
Semileves:
3º Lugar: Iveco Daily 65-170
508 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 8,82%
2º Lugar: Mercedes-Benz Sprinter 516
1.025 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 17,80%
1º Lugar: Mercedes-Benz Sprinter 416
2.860 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 49,67%
Leves:
3º Lugar: Mercedes-Benz Accelo 815
2.643 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 21,86%
2º Lugar: Mercedes-Benz Accelo 1016
3.737 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 30,91%
1º Lugar: Volkswagen/MAN 9.170
3.820 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 31,59%
Médios:
3º Lugar: Volkswagen/MAN 13.180
1.069 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 9,58%
2º Lugar: Volkswagen/MAN 14.190
1.187 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 10,64%
1º Lugar: Volkswagen/MAN 11.180
6.065 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 54,36%
Semipesado:
3º Lugar: Mercedes-Benz Atego 2426
2.826 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 8,43%
2º Lugar: Volvo VM 270
3.270 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 9,76%
1º Lugar: Volkswagen/MAN 24.280
4.205 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 12,55%
Pesado:
3º Lugar: DAF XF
5.391 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 8,33%
2º Lugar: Scania R450
6.772 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 10,46%
1º Lugar: Volvo FH 540
8.935 unidades emplacadas
Participação de mercado no segmento: 13,80%
Total das Montadoras – 2020 x 2021:
De acordo com os números da Fenabrave, a Volkswagen/MAN foi a montadora que mais comercializou caminhões em 2021, com 37.460 unidades vendidas. Em seguida, vem a Mercedes-Benz com 37.158 veículos comercializados. Fechando o Top 3, vem a Volvo, com 21.820 caminhões vendidos no ano.
Veja comparativo entre os anos de 2020 e 2021:
Número de vendas de caminhões em 2020: 89.207
Número de vendas de caminhões em 2021: 127.357
Expectativas para 2022
Na primeira projeção para 2022, a federação que representa a rede de concessionárias estima um crescimento por volta de 7% nas vendas de caminhões, que, se realizado, alcançaria volume acima de 136,6 mil unidades negociadas. As demandas aquecidas do agronegócio, construção, mineração e e-commerce deverão permanecer como as principais alavancas.
A Anfavea também espera um bom desempenho em 2022, com base em alguns pontos importantes como o crescimento do agronegócio, o arrefecimento da pandemia e a elevação do PIB em 0,5%. Mas, questões como a fragilidade do mercado de trabalho, o aumento de custos, câmbio, juros e carga tributária e as eleições, são vistos como grandes desafios para o período, podendo ser cruciais para as vendas e produção de autoveículos.
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