Categorias
Caminhão

O futuro será elétrico!

O futuro dos transportes está chegando, com a substituição cada vez mais rápida de caminhões a diesel por modelos com propulsão alternativa. E esse futuro está ligado ao uso de caminhões elétricos, que desempenharão um papel crucial nesse cenário.

Isso porque o transporte de cargas feito por caminhões elétricos é uma solução mais rápida para combater o aumento das emissões de gases do efeito estufa e para minimizar as mudanças climáticas globais.

E os modelos elétricos trazem uma série de benefícios, especialmente ambientais. Diretamente, a operação de um caminhão elétrico não gera emissões de óxido de nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2), reduzindo também as emissões de material particulado na atmosfera, que são extremamente prejudiciais à saúde humana.

E, apesar do preço mais elevado para aquisição de um caminhão elétrico – em comparação com um modelo tradicional a diesel –, o custo de operação é reduzido porque a eletricidade é muito mais barata que o combustível de origem fóssil.

De acordo com testes realizados por montadoras e entidades independentes, o custo por quilômetro rodado de um caminhão elétrico é consideravelmente menor do que um modelo a diesel. Isso não só reduz os custos operacionais para as empresas de transporte, mas também diminui a dependência de combustíveis fósseis, cujos preços são voláteis e sujeitos a flutuações no mercado global.

Outro benefício direto é a menor geração de ruídos, já que os motores elétricos desses modelos são muito mais silenciosos do que os motores a diesel. Com a operação mais silenciosa desses veículos, as entregas podem ser feitas durante a noite, em áreas urbanas, sem perturbar os moradores. Isso pode melhorar a eficiência logística e reduzir o congestionamento nas estradas durante o dia.

Claro que não são apenas benefícios. A transição para o uso de caminhões elétricos em larga escala ainda enfrenta alguns desafios, especialmente quanto à infraestrutura para carregamento das baterias, que precisa ser ampliada para suportar a operação desses veículos.

Outro obstáculo é o custo inicial de aquisição dos caminhões elétricos que é mais alto, embora esse fator possa ser compensado ao longo do tempo com a economia em combustível e manutenção. Além disso, algumas regiões já adotam compensações em impostos e outros benefícios, como redução de pedágios para os transportadores que investem na tecnologia.

Com isso, o uso de caminhões elétricos vai se popularizando e, cada vez mais, a gente verá esses veículos nas estradas e ruas de todo o Brasil, até que deixem de ser uma novidade e se tornem rotina em nossas vidas.

Rafael Brusque, do Blog do Caminhoneiro, especialmente para o Pamclube.

Categorias
Caminhão

Caminhões antigos se tornam supervalorizados no mercado

Caminhões são ferramentas de trabalho que, na maioria das vezes, são usadas até o fim de sua vida útil, acabando por terminarem seus dias em desmanches e ferros-velhos. Mas alguns têm mais sorte por trabalharem “mais leves” ou mesmo por ficarem parados por muito tempo, como tesouros esperando para serem encontrados.

E esses caminhões realmente têm se tornado tesouros! Modelos antigos – que são diferentes de caminhões velhos – estão sendo supervalorizados no mercado e centenas de colecionadores buscam modelos cada vez mais raros e caros.

Falando em caminhão antigo e caminhão velho, caminhões antigos, como já citado, são modelos mais bem conservados, que passaram pelos anos com mais capricho dos donos. Já os caminhões velhos são aqueles que estão no fim da sua vida útil, com problemas mecânicos e estéticos.

Mesmo assim, há caminhões velhos que valem um bom dinheiro. Nesse caso, são modelos muito raros, como aqueles que tiveram poucas unidades produzidas e acabaram desaparecendo das estradas de todo o mundo.

É o caso, por exemplo, dos primeiros caminhões produzidos no Brasil pela Fábrica Nacional de Motores, a FNM, em 1949. O caminhão, um modelo com cabine bicuda, foi montado sob licença da Isotta Fraschini, da Itália.

Entre 50 e 200 unidades do IF D80 foram trazidas ao Brasil parcialmente desmontadas e foram montadas nas instalações da FNM. Por aqui, o caminhão foi batizado de FNM D-7300 e os modelos foram espalhados pelo Brasil. Depois disso, pouco se sabe deles e, até agora, são caminhões considerados extintos.

Mas, se por uma sorte do destino, um desses caminhões estiver por aí, escondido em algum cantinho do Brasil, com toda a certeza ele vale mais do que quando era novo, podendo chegar à cifra dos seis dígitos com facilidade, tamanha a sua raridade.

E, apesar do preço altíssimo, dezenas de colecionadores pagariam o valor que fosse para ter uma peça da história desse nível em sua coleção.

Independentemente de como o mercado de caminhões novos se comporta, o mercado de caminhões antigos e raros continuará sendo cada vez mais disputado, com mais compradores do que vendedores.

Categorias
Caminhão Tragédia no Rio Grande do Sul

Mais uma vez, os caminhoneiros são heróis no Brasil

O início do mês de maio de 2024 concentrou uma média de chuvas altíssima no Rio Grande do Sul. A grande maioria das cidades do estado está enfrentando duríssimos desafios. São 417 cidades afetadas, de um total de 497 cidades gaúchas. E, no meio de tanto caos e destruição, apareceram milhares de heróis anônimos.

Grandes cidades, antes vivas e movimentadas, transformaram-se em ilhas, isoladas do restante do estado. Estradas destruídas, famílias desabrigadas, pouco alimento e falta de água. Mas, pouco tempo depois de tudo isso, a população do restante do país se uniu. Toneladas de doações de todos os tipos viajam de todas as partes com destino ao desolado Rio Grande do Sul. Na boleia de cada caminhão, há um bravo caminhoneiro transportando toneladas de esperança.

Esses anônimos heróis enfrentam estradas alagadas, pontes destruídas e deslizamentos de terra. As rodovias não são como antes. Seus caminhões, carregados de mantimentos, cruzam corajosamente cada desafio. Não importa o cansaço, a distância ou o medo. Eles têm uma missão: levar ajuda aos necessitados.

Toda a energia, a solidariedade e a esperança transportadas pelos caminhoneiros multiplicam o número de doações no país. Apesar de a tragédia no Rio Grande do Sul ainda demorar a ser superada, cada doação minimiza a dor de quem está sofrendo.

A solidariedade entre os caminhoneiros é inspiradora. Eles compartilham informações sobre estradas bloqueadas, ajudam uns aos outros e trocam histórias de superação. São uma irmandade unida pela causa nobre de salvar vidas.

Enquanto a chuva continua a cair, os caminhoneiros não desistem. Eles sabem que cada carga entregue significa uma refeição quente, um cobertor seco, um abraço reconfortante. Eles são os heróis do asfalto, guiados pela compaixão e pela coragem.

E, assim, nas estradas alagadas do Rio Grande do Sul, a esperança floresce. Os caminhoneiros não são apenas motoristas; para muitos, são anjos disfarçados que levam luz para os lugares mais sombrios. E, à medida que a enchente recuar, os heróis caminhoneiros deixarão para trás um rastro de gratidão e admiração.

Rafael Brusque, do Blog do Caminhoneiro, especialmente para o Pamclube.

Categorias
Caminhão

Aluguel de caminhões: conheça as vantagens

Um dos grandes sonhos de todos os motoristas de caminhão do país é conseguir comprar o próprio veículo e se tornar dono do próprio negócio. Há uma série de vantagens em ser dono de um caminhão, especialmente financeira, já que os rendimentos podem aumentar significativamente. Porém, junto com ganhos maiores, vem uma série de custos, principalmente no que diz respeito à manutenção do veículo, além das responsabilidades, que também crescem.

Para reduzir os problemas decorrentes da falta de previsibilidade da propriedade de um caminhão, surgiu no Brasil, há alguns anos, o serviço de locação de caminhões. Hoje, várias empresas e até mesmo as próprias montadoras atuam nesse nicho de negócio e oferecem soluções para quem precisa de um ou de centenas de veículos.

Os interessados no aluguel escolhem o tipo de veículo que precisam e já o recebem pronto para operação – implementado e documentado –, reduzindo muito o tempo e a burocracia necessários para pôr um caminhão na estrada.

Um dos maiores ganhos que se pode citar na locação é com a redução de custos operacionais. Os contratos de locação já têm incluídos os custos de manutenção preventiva e muitos tipos de manutenção corretiva, além de seguro.

Outro ganho se dá na previsibilidade. A locação tem um valor fixo mensal e pode ter, ou não, valores a mais de acordo com a quilometragem rodada. Fora isso, não há o que pagar. Ou seja, quem aluga um caminhão sabe exatamente quanto vai pagar todo mês.

E toda locação é de caminhões novos. Ou seja, o contrato já prevê que o caminhão será zero-quilômetro, conforme o desejo do cliente, com mais segurança e tecnologia embarcada, além de uma redução significativa de custos com combustível, já que caminhões mais novos gastam menos do que os mais antigos. Além disso, ganha-se tempo, porque o caminhão novo não precisa ficar tanto tempo parado em oficina para manutenção corretiva.

Como os contratos são por período, a frota pode ser renovada a cada dois anos, por exemplo.

E o custo? Por mês. Por exemplo, a locação de um rodotrem graneleiro engatado em um cavalo mecânico 6×4 de 520 cavalos de potência pode chegar a R$ 20 mil. Mas, se você fizer todas as contas, verá que o custo total de operação será bastante reduzido.

Você já tinha ouvido falar desse tipo de serviço?

Rafael Brusque, do Blog do Caminhoneiro, especialmente para o Pamclube.

Categorias
Caminhão

Caminhoneiros devem ficar atentos às restrições de tráfego em 2024

Em vinte datas do ano de 2024, os caminhoneiros brasileiros deverão ter atenção às restrições impostas pela PRF para circulação de alguns tipos de caminhões. No mês de janeiro, a Polícia Rodoviária Federal publicou a Portaria DIOP nº 08, de 15 de janeiro de 2024, trazendo as datas deste ano em que irão ocorrer restrições para caminhões em funções de feriados, quando o tráfego de veículos leves aumenta consideravelmente.

A restrição não abrange todos os caminhões. As limitações de tráfego se aplicam a caminhões que excedam os limites regulamentares impostos pelo Contran. Nesse caso, qualquer caminhão com qualquer medida superior às descritas abaixo enfrentarão as restrições:

I – Largura máxima: 2,60 metros.

II – Altura máxima: 4,40 metros.

III – Comprimento total de 19,80 metros.

IV – Peso Bruto Total Combinado (PBTC) para veículos ou combinações de veículos: 58,5 toneladas.

“A restrição abrange o trânsito de Combinações de Veículos de Carga (CVC), Combinações de Transporte de Veículos (CTV) e Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP), ainda que autorizadas a circular por meio de Autorização Especial de Trânsito (AET) ou Autorização Específica (AE)”, destaca a PRF, na portaria.

Essas restrições só valem também para rodovias federais de pista simples, exclusivamente nas datas e nos horários destacados abaixo. O primeiro feriado com restrição é o Carnaval, seguido pela Semana Santa.

Multas

Os motoristas de caminhão que forem flagrados pela PRF desrespeitando os horários de restrição podem ser multados.

O descumprimento constitui infração de trânsito de natureza média (5 pontos) e multa de R$ 130,16, sendo que o motorista só poderá voltar a circular após o término do horário da restrição.

A PRF mantém as informações atualizadas em um painel, no site https://www.gov.br/prf/pt-br/seguranca-viaria/restricao-de-trafego.

Categorias
Abastecimento Caminhão

Quantidade de biodiesel no diesel vai subir em março

A partir de março, o diesel vendido nos postos de combustível de todo o país terá adição de 14% de biodiesel, devendo chegar a 15% a partir de 2025. A medida foi aprovada em uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em dezembro de 2023.

Para o Governo Federal, o acréscimo de biodiesel no combustível garante uma significativa redução das emissões de CO2 na atmosfera, o que, em um aspecto mais amplo, reduz o número de mortes e problemas de saúde ligados à poluição atmosférica.

O biodiesel é feito a partir de óleos vegetais, especialmente soja, e é considerado um combustível renovável e biodegradável.

Apesar das vantagens, o biodiesel também pode trazer problemas, especialmente em caminhões mais antigos. Isso porque o combustível tem adição de parafina e outros elementos que podem ser prejudiciais ao sistema de injeção de caminhões que não foram projetados para processar essa mistura.

O biodiesel apresenta maior viscosidade, maior teor de umidade (água) e também tem uma tendência acelerada de oxidação por ser biodegradável. Com isso, é comum que se forme uma borra no tanque de combustível dos caminhões e ônibus.

Essa borra pode ser sugada pelo sistema de injeção, causando entupimento e perda de eficiência do sistema. Por isso, o caminhoneiro deve estar sempre atento à saúde do sistema, especialmente dos filtros de combustível. Se estiverem saturados, pode ocorrer passagem de partículas indesejáveis para o motor.

Além da troca dos filtros com regularidade, o transportador pode realizar a limpeza por sucção ou lavagem dos tanques de combustível a fim de eliminar a borra formada pelo biodiesel.

Como citado, a novidade chega em março, mas, hoje, o diesel já conta com biodiesel, com um teor de 12%, que também pode apresentar os problemas citados acima. Então, que tal dar aquela conferida hoje no sistema de abastecimento e injeção do seu caminhão?

Categorias
Caminhão

Saiba como aumentar a vida útil do seu caminhão

De acordo com o dicionário, a vida útil é determinada com o objetivo de dimensionarmos por quanto tempo um determinado bem tem condições de operar em sua plenitude e integridade, de maneira a manter a função à que se destina e da forma esperada.

Ou seja, ela serve para mensurar por quanto tempo podemos usar um equipamento e isso se refere a qualquer coisa, como celulares, roupas, equipamentos e até mesmo o nosso caminhão.

Por ser um investimento alto, o caminhão precisa dar retorno, ou seja, deve “se pagar” ao longo do tempo. Quanto maior o tempo em que ele operar sem problemas, maior será o retorno sobre o investimento.

Existem várias maneiras de aumentar a vida útil do seu caminhão e a principal delas é a manutenção.

Realizar a manutenção do veículo, especialmente a preventiva, de forma regular e conforme orientado pelo fabricante, pode até dobrar o tempo de uso esperado. Apesar do custo, ao longo dos anos, esse valor se dilui e acaba trazendo mais lucro no final das contas.

Isso vale para todos os componentes e sistemas. Além disso, é necessário realizar a troca de peças por modelos idênticos, preferencialmente originais, que são fabricados exatamente como o fabricante exige.

Outros descuidos, como o uso de combustíveis incorretos, o excesso de carga transportada e até mesmo a montagem dos pneus, podem influenciar a vida útil do veículo.

Categorias
Caminhão

Saiba como evitar o superaquecimento dos freios

O uso dos caminhões é constante. Diferentemente de um carro de passeio, que fica mais da metade do dia dentro de uma garagem ou em um estacionamento, os caminhões rodam na maior parte do dia e seus componentes mecânicos são muito mais exigidos.

Um dos componentes mais exigidos é o sistema de freios, que converte a energia mecânica do pneu rodando em energia térmica por meio de atrito.

Como o caminhão é muito pesado, o freio sofre bastante e o caminhoneiro precisa ter cuidado para não gerar energia térmica demais pelo uso do freio por tempos prolongados, o que pode causar superaquecimento.

Dirigir de forma agressiva e as altas velocidades, assim como o excesso de carga, são fatores que contribuem para a grande concentração de calor nos componentes do sistema de freios.

Outra causa comum para o superaquecimento dos freios em caminhões são os trajetos em regiões montanhosas, que exigem mais intensidade do uso dos freios, principalmente quando o motorista não respeita as regras de boa condução, como usar a marcha correta ou empregar recursos de redução de velocidade, como exemplo, o freio motor.

Uma vez superaquecido, todos os componentes desse sistema de frenagem, como pastilhas, discos, lonas e tambores também sofrem danos, além da perda de capacidade de frenagem no veículo.

Para evitar o superaquecimento, o caminhoneiro deve dirigir com atenção, praticando a famosa direção defensiva, respeitando a velocidade adequada para o trajeto, a distância de segmento de outros veículos e deve sempre analisar os freios, fazendo regulagens e manutenções se necessário.

Além disso, é importante utilizar peças de qualidade, evitando comprar componentes de origem duvidosa para não colocar seu caminhão em risco.

Categorias
Caminhão

Tombamento é um risco real quando se dirige um caminhão

Apesar de rodarem em velocidade mais baixa e serem mais pesados, os caminhões têm centros de gravidade bem mais altos do que os automóveis, por isso estão muito propensos ao tombamento, um dos principais tipos de acidentes que envolvem esses veículos.

Isso acontece porque a carga fica a pelo menos um metro do chão, sobre os pneus e o chassi, mas pode subir até quatro metros de altura em alguns tipos de carroceria. Esse peso lá em cima facilita que o caminhão ganhe aceleração lateral, principalmente em curvas, o que causa o tombamento.

O acidente também pode acontecer em áreas com o piso desnivelado, quando o caminhão vai para o acostamento, por exemplo, pois o ângulo do piso é muito inclinado.

E geralmente o tombamento acontece em baixas velocidades. Os danos ao caminhão não são tão grandes, mas o risco para o motorista é acentuado, e esse tipo de ocorrência resulta em ferimentos graves e muitas mortes, mesmo que o caminhão tombe para o lado direito, não afetando seu posto.

Isso acontece porque muitos caminhoneiros ainda se negam a usar o cinto de segurança, o que permite que ele seja lançado pelo interior do caminhão, batendo contra o interior da cabine e até mesmo podendo ser ejetado do veículo.

Tratando-se de um acidente, ele ocorre de forma inesperada e rápida, não sendo possível se proteger sem o cinto de segurança. Por isso, o item, que é obrigatório, é tão importante para a segurança do caminhoneiro.

E, para evitar o tombamento e outros acidentes, o motorista deve sempre dirigir de forma preventiva, analisando o trajeto com cuidado e evitando velocidades acima do indicado, especialmente em trechos sinuosos ou de serra.

Categorias
Caminhão curiosidades

Conheça a regra de ouro para o transporte de cargas líquidas

Todos os dias, milhões de litros de combustíveis, insumos e outros produtos líquidos são transportados a granel em milhares de caminhões-tanque que rodam por todo o Brasil. Esse tipo de carga precisa de um cuidado extra durante a viagem por se mover praticamente livre dentro da carroceria.

Para evitar acidentes, os motoristas de caminhões-tanque precisam seguir uma regra de ouro, de forma a evitar acidentes. Ela se chama 80/20, e não se trata de uma conta de divisão, mas da quantidade de líquido a ser transportada de forma segura.

Não é uma lei, já que não é prevista em nenhuma legislação nacional, mas é preciso atendê-la pelo ponto de vista técnico do transporte.

Quando um caminhão-tanque viaja com o tanque parcialmente cheio, o movimento da carga é intensificado, especialmente no que diz respeito ao deslocamento lateral do líquido, em um efeito chamado popularmente de “slosh”.

Quando a carga transfere seu peso de um lado para o outro dentro da carroceria, o risco de acidentes se eleva consideravelmente.

A regra 80/20 diz que o caminhão, quando parcialmente cheio, deve ter mais de 80% do tanque cheio ou menos de 20%. Acima de 80%, a massa do líquido é grande, mas o espaço para movimentação é pequeno.

Quando está abaixo de 20%, o espaço para movimentação é grande, mas a massa do líquido é pequena para afetar a estabilidade.

Com um tanque com 40% da carga, por exemplo, o espaço para movimentação é grande e a massa também, o que amplia a transferência de peso de um lado para o outro dentro da carroceria.

Ou seja, para se manter seguro no transporte rodoviário de cargas, o caminhoneiro precisa saber muito mais do que apenas dirigir um caminhão. Tem que conhecer diversos detalhes das estradas, do caminhão e, principalmente, da carga que está transportando.

Colaboração do Engenheiro Rubem Penteado de Melo.