A partir de março, o diesel vendido nos postos de combustível de todo o país terá adição de 14% de biodiesel, devendo chegar a 15% a partir de 2025. A medida foi aprovada em uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em dezembro de 2023.
Para o Governo Federal, o acréscimo de biodiesel no combustível garante uma significativa redução das emissões de CO2 na atmosfera, o que, em um aspecto mais amplo, reduz o número de mortes e problemas de saúde ligados à poluição atmosférica.
O biodiesel é feito a partir de óleos vegetais, especialmente soja, e é considerado um combustível renovável e biodegradável.
Apesar das vantagens, o biodiesel também pode trazer problemas, especialmente em caminhões mais antigos. Isso porque o combustível tem adição de parafina e outros elementos que podem ser prejudiciais ao sistema de injeção de caminhões que não foram projetados para processar essa mistura.
O biodiesel apresenta maior viscosidade, maior teor de umidade (água) e também tem uma tendência acelerada de oxidação por ser biodegradável. Com isso, é comum que se forme uma borra no tanque de combustível dos caminhões e ônibus.
Essa borra pode ser sugada pelo sistema de injeção, causando entupimento e perda de eficiência do sistema. Por isso, o caminhoneiro deve estar sempre atento à saúde do sistema, especialmente dos filtros de combustível. Se estiverem saturados, pode ocorrer passagem de partículas indesejáveis para o motor.
Além da troca dos filtros com regularidade, o transportador pode realizar a limpeza por sucção ou lavagem dos tanques de combustível a fim de eliminar a borra formada pelo biodiesel.
Como citado, a novidade chega em março, mas, hoje, o diesel já conta com biodiesel, com um teor de 12%, que também pode apresentar os problemas citados acima. Então, que tal dar aquela conferida hoje no sistema de abastecimento e injeção do seu caminhão?