Caminhoneiros que trabalham diariamente dirigindo milhares de quilômetros pelas rodovias do país enfrentam alguns trechos sinuosos e com relevo variado, subindo e descendo constantemente.
Para subir, não existe muito segredo. Com a marcha adequada, o caminhão vence o aclive com razoável facilidade, mas a dificuldade maior acontece na hora da descida, especialmente em trechos de serra, que normalmente apresentam muitas curvas e grandes variações de altitude.
Por isso, o caminhoneiro deve estar atento à sinalização para poder prever como é a estrada pela frente e evitar surpresas.
Como o pessoal da velha-guarda da estrada já dizia, é sempre bom descer uma serra com a mesma marcha que seria usada para subir. E essa afirmação se mostra uma realidade, já que a maior parte da frenagem do veículo não pode ser feita pelo pedal, e sim pelo freio motor.
O freio de serviço, aquele acionado pelo pé do motorista, deve ser usado apenas para emergências. Isso porque seu uso constante em longos trechos causa superaquecimento e falha no sistema, que interrompe o contato entre as lonas de freio e o tambor.
Quando isso acontece, o caminhão ganha velocidade com rapidez, e o caminhoneiro acaba virando passageiro. Por isso, o melhor é sempre descer em velocidade adequada com a via e usar o freio motor e o freio retarder se o veículo dispuser dessas tecnologias.
Outra dica importante é manter uma distância segura do veículo à frente. Essa medida é essencial para evitar surpresas que exijam frenagens bruscas e inesperadas, mas também para manter os freios de serviço mais bem ventilados.
Outra dica sempre relevante é manter a manutenção em dia. Nesse caso, especialmente dos freios. Quanto mais bem regulado e com peças de boa procedência, melhor o sistema funcionará quando for acionado.
Pelas estradas, serras e planícies desse imenso Brasil, tenha cuidado e cuide bem de si e do seu caminhão!